sábado, 17 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

domingo, 11 de julho de 2010

momento primeiro

O teatro é feito de instantes efêmeros, que evaporam, porém, perpetuam.

11 de Julho de 2010. 14h. São Paulo-SP.

Início do trabalho de descoberta da verdade absoluta e única da multiplicidade do ser. A grande arma do ator é ouvir. Ouvir com a alma e coração. Mas, principalmente, ouvir com os ouvidos mesmo.

Teatro é transpiração em repetição.

Primeiro momento de leitura branca (nem tanto assim). Estou conhecendo o elenco e determinado limites a serem ultrapassados. Discussão de mesa muito salutar. A primeira emoção surgiu aos olhos e saltou de banda.

Demos o primeiro passo.

Teatro é feito por gente. Seres muito humanos, com anseios e egos, vaidades e despojamentos. E enquanto essas vielas vão sendo alimentadas o processo vai se completando, complementando rudimentar e irreversível.

Registrado.

Sombras começa suas atividades a todo vapor hoje!!!!

Caros apoiadores e colaboradores, com imensa satisfação que escrevo hoje... de todas as empresas contactadadas para apoio e patrocínio.
Ontem as primeiras empresas responderam e já assinamos o apoio com os restaurantes Planeta´s e Luna di Capri.



Essas são empresas que valorizam a Cultura e reverenciam a arte incentivando as produções independentes e graças á elas é possível realizar esse projeto.
Angkor Produções Artísticas agradece a todas empresas parceiras de seus projetos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Audição para a personagem Rosário

Perfil:

Mulher
25 a 35 anos

Altura
estatura média
de 1,65 até 1,75 cm

Olhos
Prefencialmente claros

Cabelos
Independente da cor
Longos apartir dos ombros

Magra
ter presença física
Pele branca preferencialmente
 
Rua 13 maio, 1058 conj. 31 no 03ºandar
Dia 10/07/10 (Sábado)
Horário as 14:30hs
 
Interessadas enviar confirmação e curriculos para:
 
pedronetoz01@gmail.com

Texto para a audição:

"VOZ DE ROSÁRIO


Permito-me narrar-lhes esta história, creio eu, podem lhe interessar e que

não pude dar publicidade até agora.

Tenho todas as provas dos relatos que farei aqui, foi registrada das mais

diversas formas e em diversos lugares: trens, aviões, cafés e em

pequenos e estranhos papéis, nos quais praticamente não há correções.

Numa de suas cartas vinha “A Carta no caminho”.

Muitos desses papeis que me refiro são recortados e enrugados sendo

quase ilegíveis, mas acredito que consegui decifrá-los.

Minha pessoa não importa, mas sou a protagonista dessa história e isso

me deixa orgulhosa e satisfeita da minha vida.

Este amor, este grande amor, nasceu em um agosto de um ano qualquer,

nas temporadas que eu fazia como artista, pelas cidades da fronteira

franco-espanhola.

Ele vem da guerra da Espanha. Não chega vencido, é do partido da

Parcionária, está cheio de ilusões e de esperanças para seu pequeno e

distante país da América Central.

Sinto não poder revelar o seu nome. Nunca cheguei a saber qual era o

verdadeiro, se Ramirez ou Sanchez. Eu o chamo simplesmente meu

Capitão e este é o nome que desejo conservar nessa história.

Seus textos são como ele mesmo, ternos, amorosos, apaixonados e

terríveis em sua cólera.

É forte e sua força a sente todos que dele se aproxima, é um homem

privilegiado dos que nascem para grandes destinos. Eu sinto a sua força

e o meu prazer maior é me sentir pequena ao seu lado.

Entrou na minha vida, como ele mesmo diz, botando a porta abaixo, não

golpeou a porta com timidez de namorado.

Desde o primeiro instante, ele se sentiu dono do meu corpo e da minha

alma.

Fez-me sentir que tudo mudava em minha vida, essa pequena vida

minha de artista, de comodidade, de brandura, transformou-se como

tudo que ele toca.

Não sabe de sentimentos menores, sem sequer os aceita. Deu-me o seu

amor, com toda a paixão que ele é capaz, e eu o amo como nunca

acreditei que fosse capaz de amar.

Tudo se transformou na minha vida, entrei no mundo que antes nunca

sonhei que pudesse existir. Primeiro tive medo, houve momentos de

dúvidas, mas o amor não me deixou vacilar por muito tempo.

Este amor me dar tudo. A ternura doce e simples quando busca uma flor,

um brinquedo, uma pedra de rio e me entrega com seus olhos úmidos de

um ternura infinita. Suas grandes mãos eram, nesses momentos, de uma

brandura doce, e sem seus olhos brilha então uma alma de criança.

Mas eu tenho um passado que ele não conhece e há ciúmes e fúrias

irresistíveis. São como as tempestades furiosas que açoitam sua alma e a minha; nunca porem, possuem forças para destruir a cadeia que nos une,


que é o nosso amor, e de cada tempestade saímos mais unidos, mais

fortes, mais seguros de nós mesmos.

Em todos esses momentos, ele escreve versos que me faz subir ao céu ou

descer ao inferno, com a crueza de suas palavras que me queimam como

brasas.

Ele não pode amar de outra maneira. Essa é a história do nosso amor,

grande em todas as suas manifestações. Tem a mesma paixão que ele

coloca em seus combates, em suas lutas contra as injustiças.

Dói nele o sofrimento e a injustiça, não somente do seu povo, mas de

todos os povos, todas as lutas por combater é dele e se entrega inteiro

com toda a sua paixão.

Sou muito pouco literária e não posso falar do valor dessa história, além

do valor humano que indiscutivelmente possui.

Talvez o meu Capitão nunca tenha pensado que nossa história viesse á

público. Mas agora creio que é meu dever entrega-la ao mundo".